fbpx

A insulina é o hormônio produzido pelo pâncreas que age no corpo para reduzir ou controlar o nível do açúcar ou glicose do sangue assim que nos alimentamos. A glicose é essencial para a sobrevivência do ser humano porque serve de energia para as suas funções biológicas e atividades diárias, mas, se em excesso, significa prejuízo para a saúde do indivíduo. Toda vez que a insulina é produzida em níveis menores do que os necessários ou sempre que encontra barreiras para atuar nos tecidos do organismo, surgirá o diabetes mellitus.

O nome da enfermidade é proveniente do latim: o termo mellitus significa “aquilo que contém mel” ou “doce como o mel”, numa referência ao excesso de glicose presente na urina do portador da doença, que chega a atrair formigas no vaso sanitário depois que a pessoa doente urina.

Existem vários tipos de diabetes mellitus mas os 2 tipos mais comuns são o diabetes tipo 1 e o diabetes tipo 2.

O tipo mais comum de diabetes, que abrange mais de 90% das pessoas acometidas pela doença, é o diabetes tipo 2. O diabetes tipo 2 também é conhecido como o diabetes do adulto, porque acomete principalmente adultos depois dos 40 anos de idade, embora possa acometer também adultos mais jovens e até mesmo, porém, bem mais raramente, crianças e adolescentes.

Este tipo de diabetes está frequentemente associado ao sobrepeso, à obesidade, ao sedentarismo e ao envelhecimento. Costuma ter início lentamente, demorando a apresentar sinais e sintomas que chamem a atenção da pessoa para a presença da doença, sendo que, na maioria das vezes, é descoberto num exame admissional ou de check up. É caracterizado por resistência à ação da insulina e deficiência parcial, mas não total, de secreção de insulina pelas células beta pancreáticas (as células pancreáticas produtoras da insulina). Os pacientes são tratados a princípio com medicamentos orais e, somente se não houver bom controle das taxas da glicose do sangue com os comprimidos, é que a insulina injetável será indicada.

O diabetes tipo 1 é o segundo tipo mais comum de diabetes. Acomete em torno de 5% das pessoas com diabetes. Ao contrário do diabetes tipo 2, o diabetes tipo 1 é mais comum em crianças e adolescentes, ou seja, é o diabetes da infância e adolescência. Apresenta deficiência grave de produção de insulina devido à destruição das células beta pancreáticas, associada à autoimunidade. A apresentação clínica, diferente do que acontece no diabetes tipo 2, é abrupta ou súbita, com o paciente se sentindo mal de repente, podendo apresentar perda de peso, sede excessiva, desidratação, aumento do volume urinário, dor abdominal, falta de ar, até o coma. No diabetes tipo 1 há a necessidade de insulinoterapia plena desde o diagnóstico ou após curto período da descoberta do quadro.

Existe ainda o diabetes gestacional, o diabetes após quadros de pancreatites, diabetes de origem genética, entre outros.

A importância do diagnóstico correto e do tratamento adequado e em tempo hábil do diabetes mellitus está em se evitar os riscos que esta moléstia representa a longo prazo para o paciente, em especial pela possibilidade do desenvolvimento de cegueira, insuficiência renal com necessidade de hemodiálise além de óbito por infarto do coração ou AVC (derrame cerebral).

O tratamento envolve, antes de tudo, mudança de estilo de vida, mais especificamente cuidado com a alimentação e atividade física. Procure comer mais frutas, verduras e legumes, evitando o consumo de açúcar, refrigerantes, bebidas alcoólicas, alimentos industrializados e frituras. Procure exercitar-se pelo menos 40 minutos por dia, seja pedalar, caminhar ou nadar, não importa como, mas não fique parado.

A consciência de que vários problemas de saúde podem ser evitados através de medidas de reeducação alimentar e abandono do sedentarismo é fundamental em busca de saúde, qualidade de vida e principalmente para conseguirmos viver bem e aumentar os nossos anos de vida.

Informe-se, cuide-se, ame-se! É possível evitar o diabetes mellitus se houver conscientização e aprendizado sobre a doença e se a pessoas se preocuparem mais em ter um estilo de vida mais saudável! Fica a dica!

Dra. Aline Aparecida Agostini Argolo

CRM MT 6562

Endocrinologista e Metabologista

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *